Já ouviu falar em tártaro?

20.04.2022
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Dentre todas as doenças que afetam cães, a doença periodontal é a mais comum entre elas.
Sim, tártaro é doença! Ele fica localizado na cavidade oral e pode levar a graves doenças e danos em outros órgãos de nossos bichinhos.
Estudos mostram que esta afecção acomete cerca de 85% de cães acima de 3 anos de idade. A gengivite causada pode permanecer estável ou progredir para periodontite, que é a progressão irreversível da enfermidade.

Doença periodontal, antes de ser tratada.


A Doença Periodontal é uma afecção séria que apresenta-se clinicamente de forma silenciosa até que seus sintomas tornem-se graves.
A importância de evitar doença periodontal nos cães, não é apenas uma questão estética, pois além de ficar mais higiênico e acabar com aquela halitose que incomoda os tutores, a grande importância é na prevenção de acometimentos secundários em órgãos como rins, fígado, articulações, meninges, pulmões e coração.


A boca pode atuar como um foco de infecção. Portanto, bactérias presentes em lesões na cavidade oral podem penetrar na corrente sangüínea e se acumular em outros órgãos, principalmente nos rins, fígado e coração, e neles causarem lesões.
A identificação clínica da doença periodontal grave se dá através de sinais clínicos como halitose intensa, salivação espessa, sangramento oral, mobilidade dental, cálculo e gengivite. A base do tratamento periodontal é a remoção completa da placa bacteriana, raspagem do cálculo, aplainamento ou alisamento radicular e o polimento das superfícies.
A continuidade do processo, ou seja, sob ausência de higienização adequada dos tecidos orais, aumenta a inflamação e pode tornar crônico o processo.
A anestesia geral é essencial para que se realize o tratamento completo e correto, considera-se imperícia ou imprudência fazer a raspagem periodontal sem anestesia ou apenas com sedativos.
O exame da cavidade oral visando detectar e corrigir problemas de forma precoce deve ser parte de um programa rotineiro de avaliação geral da saúde animal. Deve-se instituir um programa preventivo de acompanhamento.

Dentes após limpeza e remoção das placas bacterianas.

Os animais devem ser avaliados por um profissional veterinário em uma consulta de rotina, uma vez que a enfermidade é de evolução lenta e caso não seja detectada, com o passar dos tempos os danos poderão ser irreparáveis.

O controle da placa se dá principalmente através da higienização diária (escovação) e profilaxias profissionais regulares realizadas pelo médico veterinário. É muito importante que cuidados preventivos sejam tomados o mais cedo possível.

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